O controle da dor sempre foi um desafio para a ciência desde a antiguidade. Existem relatos do uso de analgésicos desde o ano 3000 A.C., nas civilizações egípcias. Chineses e outras culturas orientais desenvolveram a acupuntura, identificando os pontos de dor do corpo. Os meios modernos de controle da dor surgiram por volta do século 19, com a utilização da morfina e do éter em intervenções cirúrgicas.¹
Atualmente, o controle da dor durante a cirurgia encontra-se em estágio bem avançado, sendo considerado, inclusive, como uma especialidade médica, a Anestesiologia.¹
Se, durante uma cirurgia, o paciente tem a certeza que não irá sentir nenhuma dor ou desconforto, o mesmo pode não ocorrer após o procedimento cirúrgico. Este tipo de dor é chamado “dor perioperatória”, e ocorre devido à doença pré-existente, ao procedimento cirúrgico em si, ou uma combinação de ambos. É muito importante seu controle, pois a presença constante da dor pode causar no paciente uma série de problemas como insônia, perda do apetite e até depressão.²
Geralmente são utilizados alguns tipos de fármacos, como analgésicos opioides, analgésicos não opioides, espasmolíticos, anti-inflamatórios não-esteroidais e sedativos. O controle da dor mais efetivo pode ser conseguido com a combinação de dois ou mais desses fármacos, buscando sempre aliar a eficácia do tratamento com uma menor dosagem. Geralmente são administrados fármacos mais fortes e em maior dosagem logo após o procedimento, e que são substituídos por outros menos potentes assim que a dor pós-operatória começa a diminuir.³
A dor deve diminuir gradativamente, de 36 a 48 horas após o procedimento cirúrgico.³ Caso não ocorra a diminuição da dor após esse período, o paciente deve procurar seu médico imediatamente.